terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Há muito que não ouvia falar de ti...
Seguimos caminhos diferentes, e como sempre era muito mais fácil conformar-me com a situação do que lutar por tudo o que tinhamos construído e que o tempo estava prestes a levar arrastado com ele.
Decidi que a amizade enorme que tínhamos, seria deixada para trás das costas, até porque sofrer, não é mais para mim. Simplesmente virar costas.
Não queria de maneira nenhuma que nos tornassemos completos desconhecidos, não queria frieza, mas muito menos queria sentir saudade.
Até que, me surpreendeste com aquele coração. Fiquei pálida e serena, com os meus olhos postos nele.
Bolas, há tanto tempo! De seguida pude verificar que ainda me tinhas tão perto de ti. Sorri.
Sempre te admirei em quase tudo o que podia, sempre te vi como uma personagem forte e protectora que tu próprio fizeste questão de construir para me manter segura. Sempre te vi como mais do que um simples amigo, mais do que um melhor amigo, eras como um irmão com quem eu partilhava tudo. Não aprovo todos os teus actos claro, mas afinal de contas, quem não comete erros não é?
Agora, cabe-nos a nós recomeçar. Pegar em tudo o que ainda temos.
Sempre tiveste noção de tudo, sempre foste dos mais sensatos e por isso, sabes melhor que eu quem esteve realmente contigo. Eu estive, e não esqueci. E passado este tempo todo é bom ver que também tu não te esqueceste.
Tudo muda, tudo vai e volta, mas tu, permaneces.

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