sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Cheguei a casa, tirei o casaco e continuei sem pronunciar uma unica palavra.
Eles faziam-me perguntas às quais eu respondia 'sim' ou 'nao', apenas. Sentei-me á mesa, sem a minima vontade de comer, e a muito custo lá enfiei uma ou duas garfadas na boca... nisto o inevitavel aconteceu.
Não conseguia conter mais as lágrimas, não conseguia mais aparentar ter força para terminar esta história. Uma a uma, foram escorrendo pelo meu rosto, devagar e serenamente, tentando mesmo assim manter a situação controlada.
Segundos depois dá-se uma quebra de luz no quarteirão. Fechei os punhos com força enquanto agradecia a Deus. No escuro já ninguém me podia julgar. Aí uma cascata de pequenas lágrimas salgadas caíram. Levantei-me rapidamente da mesa e ainda ouvi alguém perguntar: 'mas o que se passa?'. Sem obter resposta da minha parte, continuei, cambaleando do corredor até ao quarto, apoiando-me nas frias paredes. Tranquei a porta e completamente derrotada, deixei-me cair no chão deslizando pela parede. Chorei, chorei e chorei. Finalmente toda a pressão que o meu frágil corpo guardava foi rasgada. Depois, senti-me incrivelmente leve. Sequei as lágrimas e levantei-me.

3 comentários:

Nádia Paiva disse...

Odeio que te faças de forte...

Ritz B' disse...

Mas eu sou forte ;D

Nádia Paiva disse...

Ou quase... Mas podemos fingir que sim.